sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fórum Inter-religioso de São Paulo toma posse no Palácio do Governo

O governador Geraldo Alckmin empossou no dia 27 de abril de 2017, os membros do Fórum Inter-religioso do Estado de São Paulo. A cerimônia de posse aconteceu no auditório Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes.

Institucionalizado desde 2013, pela Lei 14.947, de autoria do Deputado Campos Machado, o grupo tem a missão de propor políticas públicas que respeitem as diferenças, incentivem a liberdade de expressão e estimulem a cidadania para a promoção da cultura de paz, além de combater a intolerância religiosa e buscar soluções para denúncias de violações de direitos. Busca, ainda, defender a dignidade humana, o direito inviolável à liberdade de consciência e de crença e a livre participação em cultos religiosos, assim como a proteção ao locais de culto e liturgias, assegurados pela Constituição Federal.

O Fórum Inter-religioso é formado por titulares e suplentes indicados pelos 28 segmentos religiosos que integram o grupo, pelo poder público estadual, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Poder Legislativo, universidades, associações e organizações não-governamentais. O mandato é de dois anos.
Entre os membros do Fórum, há representantes do budismo, catolicismo, candomblé, islamismo, espiritismo, judaísmo, umbanda, xamanismo, da rede evangélica, dos presbiterianos, dos adventistas, dos agnósticos e de outros segmentos religiosos.

Ao empossar os membros do Fórum Inter-religioso, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a instalação do Fórum “é o que de mais importante podíamos fazer para unir a sociedade de São Paulo e dar exemplo no combate à intolerância religiosa”.

Segundo ele, “a origem de todo esse movimento é o respeito, aprendermos a respeitar o outro. É um respeito alicerçado no amor, que é o que promove todas as religiões e todos os debates inter-religiosos. E evitar a injustiça. A injustiça cometida contra uma única pessoa é uma ameaça a toda sociedade”.
Para demonstrar a importância do Fórum, citou que o Brasil registrou 64 casos de intolerância religiosa em 2016. “Hoje damos um passo importante para evitar qualquer forma de violência e garantir a liberdade de crença”, lembrou.
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Fernando Elias Rosa, que preside o fórum, disse que “o diálogo inter-religioso, quando ausente, alimenta guerras, conflitos, perseguições; quando presente, celebra a paz a comunhão”.
E acrescentou: “o Governo do Estado, que alinha seus projetos e ações com a perspectiva única de fazer valer os ideais de justiça social, como a igualdade de oportunidades entre todos, tomando sempre a dignidade da pessoa humana como princípio orientador e a real concretização de direitos individuais e sociais como meta a ser dia a dia buscada, presta assim mais um relevante serviço público ao buscar pessoas como as que agora tomam posse para que juntos levemos adiante a cultura da tolerância e da liberdade de crença”.
 Emocionada, Mãe Carmen de Oxum, representante das religiões de matriz africana, também destacou a importância da iniciativa. “O Governador, ao assinar a Lei 14.947, em 2013, e formalizar este fórum de grande importância para o direito do cidadão paulista, nos fez iguais na nossa diferença”, observou.
As futuras gerações, acentuou, “terão orgulho de viver em um Estado melhor, com esta grande iniciativa política e humana”. Destacou que a luta em busca da paz “é infinita e jamais será em vão”. E finalizou salientando “o orgulho que sentimos pela resistência e persistência e ver aonde chegamos”.

Para Samuel Gomes de Lima, da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania - ABLIRC, que falou em nome de todos os membros do Fórum, a concretização do grupo é uma iniciativa “ousada”.
“Do ponto de vista da crença pode haver um abismo entre uma concepção religiosa e outra, mas sobre esse abismo temos o dever de construir uma ponte; e se pudéssemos nominar essa ponte seu nome seria respeito”, afirmou.
Destacou, ainda, que “no Estado Democrático de Direito, o cidadão tem a garantia de poder assumir sua religiosidade sem restrições, da mesma forma que aceita conviver pacificamente com aqueles que preferem professar outra religião ou não ter crença alguma”. 
E fez questão de frisar: “O Fórum Inter-religioso defende a promoção da liberdade religiosa inclusiva, ou seja, para todos. Ela é abrangente, inclui todas as crenças e não apenas o interesse de alguns grupos”.
O Estado de São Paulo é o pioneiro e único estado da Federação a possuir, com o Fórum, um espaço democrático de diálogo, criado por lei estadual, com competência para implementar política de estado de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e promoção da cultura de paz e liberdade de crença.
A solenidade contou com a presença do presidente da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa; do defensor público geral, Davi Depiné Filho, e de outras autoridades e lideranças religiosas. Teve, ainda, apresentação do Coral do Colégio Adventista de São Miguel Paulista.
Fonte: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania - Assessoria de Comunicação
Disponível em: www.justica.sp.gov.br

terça-feira, 4 de abril de 2017

Fundação Florestan Fernandes de Diadema recebe diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte em evento histórico


A Fundação Florestan Fernandes de Diadema realiza na próxima sexta, 07 de Abril de 2017, às 9h30, o  Simpósio sobre Genocídio Étnico, Cultural, e Religioso. Trata-se de uma parceria da OAB-SP/Diadema;  ABLIRC – Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania; IRLA – International Religious Liberty Association com o Museu do Holocausto WFCS, da Carolina do Norte, USA, com o apoio da Prefeitura Municipal de Diadema através da Fundação Florestan Fernandes.

O evento trará as visões e vivências a respeito da intolerância e crimes de ódio como o Holocausto. O tema apresentado será: RELEMBRAR PARA NÃO REPETIR e terá como palestrantes a diretora do Museu do Holocausto WFCS, Karel Reynolds e Connie Davies, coordenadora pedagógica da instituição.

Karel A. Reynolds, diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte nos Estados Unidos é uma das maiores estudiosas a respeito do genocídio em todo mundo. Em sua apresentação relatará as atrocidades que levaram à morte mais de seis milhões de judeus e outros grupos como Testemunhas de Jeová e Ciganos durante a ditadura nazista alemã.


 Para Karel é preciso entender como sociedades, países com democracia estabelecida podem se desumanizar e implantar um regime de morte a exemplo da Alemanha. A pesquisadora demonstrará como o genocídio em Ruanda, em 1994, que levou à morte mais de 800 mil pessoas em cem dias e criticou a maneira como as organizações mundiais assistiram caladas a mortandade de tantas pessoas.

Reynolds acredita que o a memória do Holocausto serve como um alerta a toda humanidade a respeito do terror que o ódio racial pode implantar em uma democracia. “Nós podemos ser a voz para condenar o ódio em nossa geração”, afirma a diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte.

A tradução será do Dr. Jonatas Granieri, Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB da  cidade de Franco da Rocha, na grande São Paulo.

Endereço: Alameda da Saudade, 186 - Conceição, Diadema - SP.