quinta-feira, 4 de maio de 2017

Obra inédita no Brasil por 438 anos finalmente é traduzida por Frank Viana Carvalho

Samuel Luz apresenta a obra durante o Curso Básico sobre Liberdade Religiosa
 na OABSP em 03 de maio de 2.017
Frank Viana Carvalho, após 17 anos de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado sobre a obra de 1.579 dC, VINDICIAE CONTRA TYRANNOS, lega à Língua Portuguesa a tradução, edição e análise dessa produção, avançada para sua época e, ainda, atualíssima. Eis um resumo da obra, que tenho tido a honra de divulgar nos eventos que tenho participado. Para mais informações deixe uma mensagem no formulário de contato, ao lado, abaixo.
Estamos vivendo um momento (ou época) de grande crise na questão dos Valores, da Moral e da Política (e todas as suas relações com a Ética). Pesquisadores de diferentes partes do mundo do tema da Sociedade e da Política (ou como dizemos, Ética e Filosofia Política) acreditam que continuamente devemos revisitar os autores clássicos para refletir e encontrar soluções para os dilemas do presente.
O livro e os temas que apresentados são o resultado de uma longa, árdua e aprofundada pesquisa sobre a Ética e a Política resultante dos estudos de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Filosofia do Dr. Frank Viana Carvalho. Ao todo a pesquisa durou dezessete anos que se mostram agora num livro que tem duas vertentes a partir da tradução e análise da obra “Vindiciae Contra Tyrannos”: uma pesquisa analítica e conceitual sobre a obra que também explora o caráter historicista das influências sobre os personagens e autores do período das Guerras de Religião, e uma abordagem do fenômeno político da tirania em suas influências e interferências no poder, nos costumes, na liberdade de consciência, na expressão da fé, e nas questões da liberdade religiosa. Ao traduzir, comentar e analisar a principal obra do período, também foi utilizado o nome dela no título tema do livro. 

A obra é mesmo sobre o tema dos escritores políticos protestantes que lutaram contra a tirania do poder, um pouco antes e logo após o Massacre da Noite de São Bartolomeu, no século Renascentista, onde milhares de súditos franceses huguenotes (protestantes calvinistas franceses) foram mortos por uma ordem arbitrária do rei - um reflexo da tirania do poder centralizado  (o absolutismo). As estimativas históricas colocam entre trinta mil e cem mil protestantes mortos em toda a França fruto desse ato.

Enquanto os escritores monarcômacos (eles receberam esse 'nome') lutavam contra a tirania e opressão religiosa, em seus escritos eles defendiam a democracia representativa e a liberdade de consciência e livre expressão da fé - uma completa modernidade em pleno século renascentista.

Obra é apresentada durante Curso Básico sobre Liberdade Religiosa
 na OABSP em 03 de maio de 2.017
A obra de 463 páginas recebeu o nome de 'Vindiciae Contra Tyrannos - O Direito de Resistir'. A USP, berço da pesquisa que resultou no livro, valorizou muito a pesquisa, tanto oferecendo a Editora oficial da FFLCH-USP, a Discurso Editorial para a edição, como realizou no final de março um evento (Simpósio) com a presença dos pesquisadores do tema para destacar a importância da obra e dos temas a ela relacionados.

Enfim, a obra é um sopro de esperança para uma reflexão que possa levar a uma renovação da Ética e para uma boa Política com tudo o que vem junto.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fórum Inter-religioso de São Paulo toma posse no Palácio do Governo

O governador Geraldo Alckmin empossou no dia 27 de abril de 2017, os membros do Fórum Inter-religioso do Estado de São Paulo. A cerimônia de posse aconteceu no auditório Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes.

Institucionalizado desde 2013, pela Lei 14.947, de autoria do Deputado Campos Machado, o grupo tem a missão de propor políticas públicas que respeitem as diferenças, incentivem a liberdade de expressão e estimulem a cidadania para a promoção da cultura de paz, além de combater a intolerância religiosa e buscar soluções para denúncias de violações de direitos. Busca, ainda, defender a dignidade humana, o direito inviolável à liberdade de consciência e de crença e a livre participação em cultos religiosos, assim como a proteção ao locais de culto e liturgias, assegurados pela Constituição Federal.

O Fórum Inter-religioso é formado por titulares e suplentes indicados pelos 28 segmentos religiosos que integram o grupo, pelo poder público estadual, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Poder Legislativo, universidades, associações e organizações não-governamentais. O mandato é de dois anos.
Entre os membros do Fórum, há representantes do budismo, catolicismo, candomblé, islamismo, espiritismo, judaísmo, umbanda, xamanismo, da rede evangélica, dos presbiterianos, dos adventistas, dos agnósticos e de outros segmentos religiosos.

Ao empossar os membros do Fórum Inter-religioso, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a instalação do Fórum “é o que de mais importante podíamos fazer para unir a sociedade de São Paulo e dar exemplo no combate à intolerância religiosa”.

Segundo ele, “a origem de todo esse movimento é o respeito, aprendermos a respeitar o outro. É um respeito alicerçado no amor, que é o que promove todas as religiões e todos os debates inter-religiosos. E evitar a injustiça. A injustiça cometida contra uma única pessoa é uma ameaça a toda sociedade”.
Para demonstrar a importância do Fórum, citou que o Brasil registrou 64 casos de intolerância religiosa em 2016. “Hoje damos um passo importante para evitar qualquer forma de violência e garantir a liberdade de crença”, lembrou.
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Fernando Elias Rosa, que preside o fórum, disse que “o diálogo inter-religioso, quando ausente, alimenta guerras, conflitos, perseguições; quando presente, celebra a paz a comunhão”.
E acrescentou: “o Governo do Estado, que alinha seus projetos e ações com a perspectiva única de fazer valer os ideais de justiça social, como a igualdade de oportunidades entre todos, tomando sempre a dignidade da pessoa humana como princípio orientador e a real concretização de direitos individuais e sociais como meta a ser dia a dia buscada, presta assim mais um relevante serviço público ao buscar pessoas como as que agora tomam posse para que juntos levemos adiante a cultura da tolerância e da liberdade de crença”.
 Emocionada, Mãe Carmen de Oxum, representante das religiões de matriz africana, também destacou a importância da iniciativa. “O Governador, ao assinar a Lei 14.947, em 2013, e formalizar este fórum de grande importância para o direito do cidadão paulista, nos fez iguais na nossa diferença”, observou.
As futuras gerações, acentuou, “terão orgulho de viver em um Estado melhor, com esta grande iniciativa política e humana”. Destacou que a luta em busca da paz “é infinita e jamais será em vão”. E finalizou salientando “o orgulho que sentimos pela resistência e persistência e ver aonde chegamos”.

Para Samuel Gomes de Lima, da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania - ABLIRC, que falou em nome de todos os membros do Fórum, a concretização do grupo é uma iniciativa “ousada”.
“Do ponto de vista da crença pode haver um abismo entre uma concepção religiosa e outra, mas sobre esse abismo temos o dever de construir uma ponte; e se pudéssemos nominar essa ponte seu nome seria respeito”, afirmou.
Destacou, ainda, que “no Estado Democrático de Direito, o cidadão tem a garantia de poder assumir sua religiosidade sem restrições, da mesma forma que aceita conviver pacificamente com aqueles que preferem professar outra religião ou não ter crença alguma”. 
E fez questão de frisar: “O Fórum Inter-religioso defende a promoção da liberdade religiosa inclusiva, ou seja, para todos. Ela é abrangente, inclui todas as crenças e não apenas o interesse de alguns grupos”.
O Estado de São Paulo é o pioneiro e único estado da Federação a possuir, com o Fórum, um espaço democrático de diálogo, criado por lei estadual, com competência para implementar política de estado de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e promoção da cultura de paz e liberdade de crença.
A solenidade contou com a presença do presidente da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa; do defensor público geral, Davi Depiné Filho, e de outras autoridades e lideranças religiosas. Teve, ainda, apresentação do Coral do Colégio Adventista de São Miguel Paulista.
Fonte: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania - Assessoria de Comunicação
Disponível em: www.justica.sp.gov.br

terça-feira, 4 de abril de 2017

Fundação Florestan Fernandes de Diadema recebe diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte em evento histórico


A Fundação Florestan Fernandes de Diadema realiza na próxima sexta, 07 de Abril de 2017, às 9h30, o  Simpósio sobre Genocídio Étnico, Cultural, e Religioso. Trata-se de uma parceria da OAB-SP/Diadema;  ABLIRC – Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania; IRLA – International Religious Liberty Association com o Museu do Holocausto WFCS, da Carolina do Norte, USA, com o apoio da Prefeitura Municipal de Diadema através da Fundação Florestan Fernandes.

O evento trará as visões e vivências a respeito da intolerância e crimes de ódio como o Holocausto. O tema apresentado será: RELEMBRAR PARA NÃO REPETIR e terá como palestrantes a diretora do Museu do Holocausto WFCS, Karel Reynolds e Connie Davies, coordenadora pedagógica da instituição.

Karel A. Reynolds, diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte nos Estados Unidos é uma das maiores estudiosas a respeito do genocídio em todo mundo. Em sua apresentação relatará as atrocidades que levaram à morte mais de seis milhões de judeus e outros grupos como Testemunhas de Jeová e Ciganos durante a ditadura nazista alemã.


 Para Karel é preciso entender como sociedades, países com democracia estabelecida podem se desumanizar e implantar um regime de morte a exemplo da Alemanha. A pesquisadora demonstrará como o genocídio em Ruanda, em 1994, que levou à morte mais de 800 mil pessoas em cem dias e criticou a maneira como as organizações mundiais assistiram caladas a mortandade de tantas pessoas.

Reynolds acredita que o a memória do Holocausto serve como um alerta a toda humanidade a respeito do terror que o ódio racial pode implantar em uma democracia. “Nós podemos ser a voz para condenar o ódio em nossa geração”, afirma a diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte.

A tradução será do Dr. Jonatas Granieri, Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB da  cidade de Franco da Rocha, na grande São Paulo.

Endereço: Alameda da Saudade, 186 - Conceição, Diadema - SP.