Liberdade religiosa é condição para sociedade pluralista, diz bispo católico
O secretário das Relações da Santa Sé com os Estados, Dom Dominique Mamberti, comentou a sentença de quatro casos relativos à liberdade de consciência e de religião que dizem respeito a funcionários do Reino Unido. As decisões vieram a público no mês de janeiro de 2013 pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
“Estes casos demonstram que as questões relativas à liberdade de consciência e de religião são complexas, em particular em uma sociedade européia caracterizada pelo aumento da diversidade religiosa e por uma exasperação do laicismo”, disse.
O secretário destacou que a Igreja quer defender as liberdades individuais de consciência e de religião em todas as circunstâncias, inclusive diante da “ditadura do relativismo”.
“Antes de ser um obstáculo para o estabelecimento de uma sociedade em seu pluralismo tolerante, o respeito à liberdade de consciência e de religião é uma condição”, afirmou.
Dom Mamberti lembrou ainda que em seu discurso ao Corpo Diplomático junto à Santa Sé, o Papa Bento XVI salientou a necessidade de respeitar o direito da objeção de consciência para salvaguardar efetivamente o exercício da liberdade religiosa.
“Esta ‘fronteira’ da liberdade toca princípios de grande importância, de caráter ético e religioso, radicados na própria dignidade da pessoa humana. Tais princípios constituem, de certo modo, as ‘paredes mestras’ de qualquer sociedade que queira ser verdadeiramente livre e democrática. Por isso, proibir a objeção de consciência individual e institucional, em nome da liberdade e do pluralismo, abriria, ao invés e paradoxalmente, as portas precisamente à intolerância e ao nivelamento forçado”, destaca o Santo Padre no discurso.
Em dois dos casos analisados pelo Tribunal, o motivo foi o uso de um pequeno crucifixo no pescoço no local de trabalho, e nos outros dois, do direito de fazer objeção de consciência frente a celebrações de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Somente em um caso o Tribunal deu ganho de causa aos requerentes.
Em dois dos casos analisados pelo Tribunal, o motivo foi o uso de um pequeno crucifixo no pescoço no local de trabalho, e nos outros dois, do direito de fazer objeção de consciência frente a celebrações de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Somente em um caso o Tribunal deu ganho de causa aos requerentes.
Fontes:
Canção Nova
Rádio Vaticano
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